Em nota, Eúde Lucas afirmou que
não teve a intenção de ofender- (Foto: CMJ/Reprodução) |
Em um discurso no plenário da
Câmara de Jucás, no interior do Ceará, o presidente da casa, vereador Eúde
Lucas, demonstrou total falta de conhecimento sobre o transtorno do espectro
autista (TEA), condição que afeta cerca de dois milhões de brasileiros.
Em um discurso no plenário da
Câmara de Jucás, no interior do Ceará, o presidente da casa, vereador Eúde
Lucas, demonstrou total falta de conhecimento sobre o transtorno do espectro
autista (TEA), condição que afeta cerca de dois milhões de brasileiros.
“Tem uma declaração que os
artistas, os autores, sei lá… tá rondando. Eu digo ‘eu era autista’, só que meu
pai tirou o autista na peia. Naquele tempo tirava autista era na chibata.
Porque era um menino meio traquina”, afirmou.
Em nota, Eúde Lucas afirmou que
não teve a intenção de ofender, que se expressou de maneira equivocada e
lamentou “profundamente que tenha sido mal interpretado”. O vereador também
afirmou que, em sua fala, estava se referindo ao próprio passado, uma vez que
recebeu este tratamento do seu próprio pai.
Conforme o Ministério da Saúde, O
TEA é um “distúrbio caracterizado pela alteração das funções do neurodesenvolvimento”.
A pessoa diagnosticada pode ter alterações na comunicação, na interação social
e no comportamento.
Ainda conforme a pasta, é comum
em pessoas com TEA apresentar ações repetitivas, hiperfoco para objetos
específicos e restrição de interesses.
Algumas pessoas têm graus leves
dentro do espectro e vivem “com total independência, apresentando discretas
dificuldades de adaptação”; outras têm níveis mais avançados e vivem em “total
dependência” para realizar as atividades cotidianas.
Acolhimento e dedicação
De acordo com o Ministério da
Saúde, fazem parte do tratamento a pessoas com transtorno de espectro autista o
acolhimento e maior dedicação.
“O cuidado à pessoa com TEA exige
da família extensos e permanentes períodos de dedicação, provocando, em muitos
casos, a diminuição das atividades de trabalho, lazer e até de negligência aos
cuidados à saúde dos membros da família.”
As diretrizes do ministério sobre
o tratamento de pessoas autistas não faz qualquer referência à “peia” ou
“chibata”.
(g1)
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