Na eleição da nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), realizada na última segunda-feira (2), a chapa de situação, liderada pelo deputado Romeu Aldigueri (PDT) recebeu votos da maior parte da oposição. As exceções foram os deputados Alcides Fernandes (PL), que apresentou voto contrário, e Carmelo Neto (PL), que faltou a votação. Inicialmente, o bloco de oposição tentou lançar uma chapa para a eleição, mas não obteve o apoio mínimo de dez deputados, necessário para fechar a chapa.
A escolha por Aldigueri para ser presidente da Alece se deu na esteira de polêmicas entre os líderes da base do governador. O senador Cid Gomes (PSB) se insurgiu após o anúncio de que o governador Elmano de Freitas (PT) havia indicado Fernando Santana (PT) para ocupar o cargo. Segundo Cid e aliados, não houve consulta aos aliados que passaram a criticar o acúmulo de posições na mão do PT.
Após dias de intensa movimentação nos bastidores, Santana abriu mão da candidatura e Aldigueri foi escolhido como forma de pacificar a base aliada. Segundo Elmano, Cid foi ouvido e deu aval para a indicação. Aldigueri exercia função de líder do governador na Alece, posição que agora está aberta e deve ser definida em momento posterior.
Orçamento impositivo
Com o novo comando da Alece eleito, a oposição agora espera que suas pautas sejam atendidas pelo presidente eleito Romeu Aldigueri. Duas delas se destacam: o orçamento impositivo e a abertura das galerias da Casa.
A primeira diz respeito à garantia das emendas parlamentares, tornando-as obrigatórias. Reginauro destacou que o Ceará é o único estado do país sem o orçamento impositivo.
“Uma das grandes lutas do orçamento impositivo é para dar mais autonomia a esses deputados que muitas vezes nem são totalmente governistas, mas lamentavelmente dependem exclusivamente do Governo para se manter vivo dentro da política que fazem em suas bases eleitorais. O que nós estamos querendo é que o deputado tenha mais autonomia para poder contemplar suas bases eleitorais e, na hora que quiser ficar contrário a uma matéria do Governo, ele se sinta mais à vontade para isso, como a gente vê hoje no Congresso Nacional”, explicou o deputado.
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